O prurido, ou coceira na cabeça do pênis, na glande peniana, além do incômodo, gera preocupação sobre a sua origem. Dependendo do nível de irritação, a coceira pode atrapalhar a vida social e sexual do homem e causar feridas que podem levar a problemas maiores. O sintoma de forma isolada é relativamente benigno e pode ser resolvido com algumas ações simples e práticas no dia a dia. Contudo, quando a coceira surge acompanhada de outros indicativos como febre, dor de cabeça ou garganta ou tosse, é preciso consultar um médico urologista para averiguar e descartar condições mais graves.
Coceira na glande peniana (coceira na cabeça do pênis) geralmente é causada pelas mesmas razões que coceiras no resto do corpo. Geralmente é um problema relacionado com a falta de higiene e ocorre na maioria das vezes com homens não circuncidados, mas pode acontecer com qualquer um. As causas de coceira na glande peniana (coceira na cabeça do pênis) estão divididas em sete grupos:
Grande parte dos casos de prurido na glande peniana ocorrem devido à má higiene. A região genital é uma área de elevada temperatura e suor e, pela anatomia, a glande acaba acumulando células mortas ao longo do dia. Durante o banho, o homem deve sempre empurrar o prepúcio para trás e realizar a higiene corretamente ao menos uma vez ao dia, impedindo que o esmegma – substância branca e pastosa – se acumule.
Assim como em outras partes do corpo, o organismo se defende dos agentes alérgenos de diferentes formas. Uma delas é a coceira na cabeça do pênis. Alguns homens apresentam alergia ao látex, material que são feitos a maioria dos preservativos no mercados – e os de maior facilidade para encontrar – e, ao entrar em contato com a substância, inicia-se uma reação alérgica.
Geralmente quando a coceira na glande (coceira na cabeça do pênis) surge logo após a relação sexual com preservativo, a causa mais provável é alergia ao látex ou a algum pigmento que dá coloração à camisinha, espermicida ou lubrificante. Isso não significa que o homem deva manter relações sexuais desprotegidas. Precisará apenas usar preservativos com outra composição ou que não possuam os itens citados acima.
Alguns tecidos, na maior parte deles sintéticos como lycra, poliéster e microfibra, causam alergia e prurido em peles mais alérgicas. Nesses casos a solução é usar roupas íntimas de tecidos naturais, como o algodão e a seda.
Produtos com perfumes ou corantes, como sabonetes, loções e detergentes, também são uma causa frequente para a coceira na glande. É difícil encontrar o produto que causa o sintoma e geralmente se chega ao diagnóstico por eliminação de cada item. Quando se detecta o agente causador, elimina-se e a coceira desaparece por completo.
Homens que tem psoríase podem apresentar também a psoríase peniana, que pode apresentar coceira, manchas brancas ou vermelhas e dor. O eczema, ou dermatite atópica, é uma doença de pele que também pode afetar o pênis e não há causas definidas para desencadear a inflamação. Pode-se observar inclusive um escorrimento de líquido das lesões abertas. A dermatite seborreica é também uma doença de pele que provoca manchas descamativas e prurido, devido a uma produção anormal de óleo pelas glândulas sebáceas.
A candidíase é uma infecção causada por fungos da família candida e o mais comum deles é o candida albicans, que vive normalmente em nosso sistema junto com outros micro-organismos. Quando há uma proliferação anormal do fungo, surge a infecção. Nas mulheres causa corrimento no canal vaginal e, assim como nos homens, um intenso prurido. Além da coceira na glande peniana, pode causar também vermelhidão e irritação no local. Por ser uma doença transmissível através do contato na relação sexual, ambos os parceiros devem ser tratados para candidíase para evitar uma recontaminação. A candidíase peniana pode ser o primeiro sintoma de diabetes em homens, devido à baixa imunidade, então é recomendável que faça também exame de glicemia para verificação.
O Papiloma Vírus Humano (HPV) é uma das doenças sexualmente transmissíveis que um dos seus sintomas é a coceira na glande peniana (coceira na cabeça do pênis). Um dos sintomas mais comuns do HPV é a aparição de verrugas na região íntima, muitas vezes na glande e no prepúcio, porém esse sintoma não é muito comum nos homens. Grande parte das vezes o sintoma é a coceira na glande ou vermelhidão.
A transmissão se dá pelo contato íntimo sem proteção, mas os sintomas podem demorar até dois anos para se manifestar e, por isso, muitos homens podem não saber que estão infectados. O Ministério da Saúde oferece a vacina para o HPV para meninos de 11 a 14 anos nos postos de vacinação e para todos os homens nas redes privadas.
A tricomoníase é uma doença parasitária causada pelo parasita Trichomonas vaginalis. No homem, a doença costuma ser assintomática, no entanto, pode causar irritação na parte interna do pênis, corrimento, ardor ao urinar ou durante a ejaculação, dando a impressão de coceira. Nas mulheres, provoca corrimento vaginal de odor desagradável, coceira genital e dor ao urinar.
A DST de origem bacteriana mais comum no mundo é a clamídia, causada pelo patógeno Chlamydia trachomatis e causa sensação de coceira na glande peniana, corrimento, ardor e outros sintomas. Embora quase todas as doenças sexualmente transmissíveis possam causar coceira, a clamídia é a que mais frequentemente esse sintoma isolado aparece como um sinal precoce.
Causada pelo vírus herpes simplex (HSV), a herpes genital é uma doença de alta prevalência que provoca lesões na pele e/ou membranas mucosas dos genitais. As bolhas e pápulas que surgem na glande peniana causam coceira e podem romper, provocando úlceras muito dolorosas. Assim como o HPV, a herpes pode ficar por longos períodos sem se manifestar, mas estima-se que um em cada cinco adultos está contaminado.
O piolho pubiano, conhecido popularmente como chato, causa irritação na pele na região íntima que resulta em uma sensação de coceira constante. Mesmo o piolho estando alojado no pelo, a pele também sofre o impacto com o parasita. Podem ser transmitidos pelo contato íntimo ou pelo uso coletivo de toalhas, roupas de cama e banho, roupa íntima ou outros objetos que entrem direto em contato com a região íntima.
A sarna, uma infestação de pele do ácaro Sarcoptes scabei, é caracterizada por uma forte coceira nas regiões de pele infectadas, inclusive a glande peniana. O resto do corpo pode ser afetado da mesma forma, especialmente os dedos, axilas e umbigo. O contato acontece pele a pele e geralmente em ambientes lotados.
Cuidados simples para evitar a coceira na glande peniana
Além de uma alimentação equilibrada e uma vida sem vícios, algumas ações fáceis de se aplicar no dia a dia podem ajudar a evitar as infecções e inflamações que causam coceira na glande peniana (coceira na cabeça do pênis).
– lavar bem o pênis pelo menos uma vez ao dia: no banho, é importante empurrar o prepúcio e fazer a higiene adequada da região com um sabonete próprio para a área genital. Apesar dos cuidados, o excesso de lavagens pode remover a camada protetor da mucosa e gerar microfissuras que servem de entrada para infecções. É preciso tomar cuidado no sabonete íntimo e no número de lavagens;
– lavar após relação sexual;
– não manter relação sexual se apresentar feridas, bolhas, corrimento uretral e ardor ao urinar;
– usar camisinha em todas as relações sexuais;
– avisar os parceiros: para evitar a recontaminação, é importante que ambos os parceiros realizem o tratamento e tomem os medicamentos necessários para evitar retransmitir o patógeno a cada relação sexual;
– manter a área seca: fungos e bactérias se desenvolvem em locais úmidos e aquecidos, por isso a necessidade em secar bem a região genital. No verão os cuidados devem ser redobrados;
– evitar roupas molhadas por longos períodos de tempo: pela mesma razão do item anterior, deve-se tirar a roupa molhada assim que for possível e não deixa-la secando em locais úmidos para que a peça não fique molhada por muito tempo;
– trocar a roupa íntima pelo menos em 24h para evitar a proliferação de chatos e sarnas;
– usar tecidos de fibras naturais: esse tipo de tecido facilita a transpiração da pele e diminui o abafamento da região íntima;
– usar sabão neutro ou próprio para a lavagem de peças íntimas;
Além de todas essas medidas que você pode tomar em casa, nunca faça uso de pomadas ou remédios sem a orientação de um médico. Caso o sintoma permaneça mesmo com todos os cuidados após uma semana, agende uma consulta com o Dr. Aide Lisboa para receber o tratamento adequado para o seu caso, livrar-se do incômodo e evitar problemas futuros.